A história da língua Turca
desde o império Otomano até os dias de hoje

Durante o império otomano (1453~1920) os turcos eram um dentre os muitos grupos linguísticos e étnicos que viviam na Turquia. Havia 3 línguas usadas naquele tempo: o Árabe que era usado como a principal língua para assuntos religiosos; o Persa que era a língua da arte, da literatura refinada e da diplomacia; e no nível oficial, o Turco Otomano que foi usado somente para a administração do império. Os membros das elites civis, militares, e religiosas falavam e conduziam seus negócios usando o Turco Otomano, que era uma mistura de Árabe, Persa e Turco.
O vocabulário do Turco Otomano não somente trazia palavras do Árabe e do Persa mas também expressões inteiras e estruturas sintáticas que eram incorporadas ao idioma.
As influências linguísticas múltiplas no Turco Otomano causava dificuldades na soletração e na escrita. Turca, Persa e Árabe. Estas 3 línguas pertencem a famílias diferentes: Ural-Altaico, Indo-Europea e Semitica, respectivamente. Os princípios fonologicos, gramaticais, e etmologicos também são completamente diferentes entre estas 3 famílias. Por estas razões, durante o século 19, intelectuais queriam fazer uma reforma na língua. Eles queriam uma língua que fosse mais fácil de ler e de escrever e que contivesse palavras puras turcas.

Com o estabelecimento da república,a reforma
feita da língua por Ataturk foi uma das mais importantes no programa nacionalista. O objetivo
era produzir uma língua que fosse mais Turca e menos Árabe,
Persa e islâmica; uma língua que fosse mais moderna, prática,
precisa e mais fácil de se aprender. Ataturk quis uma alteração
drástica na língua falada e escrita. Este processo foi realizado
com a adoção de um novo alfabeto e a purificação do vocabulário.
A reforma da língua começou oficialmente em
maio de 1928, quando os números escritos em árabe foram substituídos
por seus equivalentes ocidentais. Um novo alfabeto latim turco
foi aprovado. Esta transição durou somente alguns meses. Em
primeiro de Janeiro de 1929, tornou-se ilegal o uso do alfabeto
árabe para escrever Turco.

Dicionários e Cursos de Turco
O novo alfabeto latim representou as vogais e as consoantes
Turcas mais claramente que o alfabeto árabe. Um símbolo foi usado para
cada som padrão Turco. O alfabeto projetado foneticamente foi baseado
no latim e facilitou a alfabetização (por favor de um olhada nas fotos
desta página que contém palavras Turcas e alguns carateres turcos).
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Substituindo o árabe pelo alfabeto latim, a Turquia se virou
para o oeste e se separou eficazmente da ligação principal com
uma parte de seu passado islâmico. Não fornecendo a nova geração
nenhuma oportunidade em aprender a escrita árabe, a reforma línguistica
cortou a conexão da cultura, passado, valores e religião providas
durante o império Otomano. |
Por volta de 1940, houve uma oposição considerável ao
movimento d e purificação da língua. Os professores, escritores, poetas,
jornalistas, editores, etc começaram a queixar-se publicamente sobre
a instabilidade e a arbitrariedade do vocabulário oficialmente sancionado.
Em 1950 a Sociedade da Língua Turco perdeu seu status semi-oficial.
Eventualmente, algumas palavras árabes e persas começaram a reaparecer
em publicações do governo.
O custo da reforma da língua, entretanto, foi drástico
e permanente para a história literária e linguistica otomana. Hoje,
no século 21, embora alguns textos otomanos sejam transliterados para
o novo alfabeto, o vocabulário e a sintaxe não são compreensíveis a
um Turco.
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